quarta-feira, 28 de julho de 2010

Jornais...

FONTE DE INFORMAÇÕES.: JORNAL PROPAGANDA E MARKETING (Jornal PropMark).
Veículos.
26.07.2010 | 18:12 hs.
Circulação de jornais cresceu 2% no primeiro semestre.

IVC registrou média de 4,2 milhões de exemplares por dia durante o período.

O IVC (Instituto Verificador de Circulação) aponta que a circulação média do meio jornal cresceu 2% no Brasil durante o primeiro semestre de 2010. A constatação leva em conta as publicações filiadas à entidade e considera a comparação entre o período deste ano e o mesmo de 2009. Entre janeiro e junho de 2010, a média de circulação dos jornais no País foi de 4.255.893 exemplares por dia.

O final do primeiro quadrimestre do ano já havia sido positivo para a mídia, com alta de 1,5%. No total, o IVC considerou 94 dos 97 títulos afiliados para realizar o levantamento – três ficaram de fora por não terem concluído a entrega dos dados de junho a tempo.

“No último trimestre do ano passado, com o arrefecimento da crise econômica mundial, já era perceptível a recuperação na circulação dos jornais”, afirma Pedro Martins Silva, presidente executivo do IVC. O executivo acredita ainda na possibilidade de que a Copa do Mundo tenha interferido negativamente no resultado. “Em junho, registramos decréscimo considerável na circulação, com queda acentuada na venda avulsa. Foi o menor índice desde janeiro de 2008. Comportamento semelhante foi verificado em junho de 2006, o que abre a hipótese de que a Copa tenha gerado este impacto. O volume de vendas por assinaturas não sofreu essa alteração no mesmo mês”, explica.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aumente sua Verba de Marketing deduzindo do Imposto de Renda IRPJ.

FONTE DE INFORMAÇÕES.: SITE – O MUNDO DO MARKETING.
Aumente sua verba de Marketing deduzindo do imposto de renda.
Por Nelson Puccini e Germana Marinho*

No atual ambiente competitivo, é mais necessário do que nunca que as empresas procurem formas eficazes para melhorar os resultados de seus negócios. Esse desafio pode e deve ser abordado por vários ângulos, seja desenvolvendo novos produtos/serviços, utilizando Marketing adequado, seja reduzindo custos e eliminando ineficiências.

Curiosamente, muitos profissionais de Marketing ainda não tiveram oportunidade de utilizar benefícios disponíveis por lei, mas que exigem trabalho multidisciplinar para serem implementados e auferidos pela empresa. Exemplo de tais benefícios são aqueles derivados das leis de incentivo à cultura, tais como: Lei Rouanet, Lei do Audiovisual, Lei Mendonça (Prefeitura de São Paulo), entre outras.

A Lei Rouanet, por exemplo, estabelece que empresas com base no lucro real podem, via renúncia fiscal, abater até o limite de 4% do Imposto de Renda (sem o adicional) e alocar tais recursos em projetos culturais, como peças teatrais, atividades circenses, entre outras. Há uma clara agregação de valor para a empresa, devido à divulgação institucional obtida, ainda que com recursos que seriam perdidos de outro modo (via pagamento de Imposto de Renda).

A grande vantagem está no fato de que a empresa pode se valer desse benefício, redirecionando parte dos recursos que seriam destinados ao pagamento de impostos para associar sua empresa a um projeto cultural, gerando mais identificação e exposição de marca, além de ser uma das melhores plataformas de relacionamento com clientes, parceiros e prospects.

Uma empresa pode alocar até R$ 60 mil (limite de 4% do IR sem adicional) para o projeto cultural selecionado e ter igual redução no valor do IR a pagar. Na prática, funciona como uma verba de Marketing adicional e gratuita. A empresa sempre será beneficiada, pois poderá usar parte (4%) de um valor compulsório, que estaria definitivamente perdido, para fomentar a cultura e divulgar o seu nome nos meios de comunicação e entre clientes.

Além do benefício financeiro, há ganho adicional via “marketing de relacionamento”, com possibilidade de distribuição de convites dos espetáculos para clientes e/ou funcionários. Exemplo da vantagem da utilização do benefício da Lei Rouanet, com base no artigo 18, que permite aproveitamento integral (100% de dedução do IR).

Já a Lei do Audiovisual permite outro tipo de benefício, com conceito de investimento e não de publicidade. Com esta lei, a empresa aplicaria recursos que seriam destinados ao pagamento de Imposto de Renda, até o limite de 3%, em cotas de um projeto de cinema. Os recursos destinados também podem ser abatidos via exclusão na base de cálculo do imposto de renda, gerando redução da carga tributária.

No caso da Lei do Audiovisual não há um aproveitamento institucional como na Lei Rouanet, porém, a empresa passa a participar dos resultados de bilheteria do filme produzido. Assim, mais que uma ação institucional, este benefício permite ainda um aproveitamento de recursos que seriam perdidos para um investimento concreto, que deve resultar em retorno financeiro para a empresa.

Além da questão financeira, as empresas devem estar atentas à qualidade das empresas produtoras e dos profissionais envolvidos nos projetos analisados. Isso se deve ao fato de que devem ser mitigados os riscos de execução e de prestação de contas dos projetos. Assim, ao selecionar projetos oriundos de produtoras culturais sérias, com experiências comprovadas, as empresas patrocinadoras têm maior chance de aliar seus desejos à garantia de metas cumpridas.

Qualquer que seja o benefício fiscal aproveitado pela empresa e direcionado a projetos culturais, há necessidade de trabalho conjunto das áreas de Marketing e Finanças (Contábil/Fiscal) para que a empresa avalie corretamente sua situação e a possibilidade de aproveitamento e maximização desse tipo de oportunidade. Há muitas oportunidades que podem ser aproveitadas. Basta fazer as contas.

* Nelson Puccini é sócio da Nexxus Soluções. Em 17 anos de experiência profissional, atuou como Analista de Custos e Orçamentos no Banco Itaú, como Consultor pela GVConsult (FGV-SP) em projetos nas áreas de custos e de viabilidade de projetos. Também atuou como gerente de negócios na Lucent Technologies e na J. Macedo Alimentos, com grande experiência em estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos. Como sócio da Lux Consulting, atuou em projetos nas áreas de Gestão Financeira, Custos e Avaliação Econômico-Financeira de projetos e empresas. Graduado em Engenharia pela Escola Politécnica da USP, mestre em Controladoria e Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV).
E-mail: nelson@nexxussolucoes.com

* Germana Marinho é sócia da Nexxus Soluções. Com 15 anos de experiência profissional, foi sócia responsável pela área de Consultoria e Planejamento Tributário, do escritório Bronzeri&Marinho, Gerente Sênior da Consultoria Tributária da Ernst & Young, sendo responsável pelo desenvolvimento de projetos de planejamento tributário e coordenadora do treinamento técnico. Anteriormente atuou na Trevisan Auditores Independentes como consultora tributária. Graduada em Contabilidade pela Universidade de Fortaleza e em Direito pela Universidade Paulista. Membro do IBEF.
E-mail: germana@nexxussolucoes.com

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Bombril

FONTE DE INFORMAÇÕES.: JORNAL PROPAGANDA E MARKETING (Jornal PropMark).
Mercado.
19.07.2010 | 16:02 hs.
Bombril entrará em novos segmentos.
Até o final do ano, empresa deve apresentar produtos fora da categoria de higiene e limpeza.
Com foco na sustentabilidade e visando à entrada em segmentos fora da categoria de higiene e limpeza, a Bombril deverá apresentar ao mercado, até o final do ano, mais de 150 lançamentos. Segundo Marcos Scaldelai, diretor de marketing da empresa, produtos automotivos e até do segmento pet estão inseridos no plano estratégico da companhia. Para este ano, a Bombril irá investir R$ 60 milhões em marketing.

Você assumiu a diretoria de marketing da Bombril no começo do ano. Quais foram às modificações propostas?
Primeiramente eu precisava ter uma equipe que tivesse uma operação muito agregada com o departamento comercial. Anteriormente a Bombril trabalhava mais aliada à comunicação total da marca e era menos operativa. Conseguimos uma evolução muito grande. Por outro lado tenho como objetivo acelerar toda parte de inovação da empresa. Construir uma Bombril do futuro e que amplie o seu portfólio criando mais valor para o consumidor. Atualmente, estamos em um processo de conhecimento de nossas marcas. Isso porque o nome Bombril ainda se confunde bastante com a nossa marca da lã de aço, que é sinônimo de categoria. Mas não é só isso. Temos hoje cerca de 30 marcas fortes na companhia, e que ainda não têm vida própria em comunicação. Nossa meta é identificar para cada uma das nossas brands uma comunicação adequada.

Como isso será feito?
Fizemos pesquisas com os consumidores. Começamos com algumas das principais marcas da empresa, depois de BomBril: Mon Bijou, Sapólio Radium e Pinho Bril. Vamos fazer agora com Limpol. Assim conseguimos entender quais os diferenciais valorizados das marcas e, ao mesmo tempo, apresentar inovações. Nossa estratégia de marketing está composta por alguns pilares: o primeiro é a comunicação institucional para que Bombril seja cada vez mais reconhecida não apenas por suas marcas, mas como uma empresa forte e inovadora. O segundo ponto é desenvolver um trabalho para prorrogar o ciclo de vida da lã de aço, nossa principal categoria. Vamos buscar alternativas diferenciadas, principalmente com foco no consumidor jovem, para que ele entenda o produto como de utilidade diária. O principal concorrente da categoria de lã de aço não são as outras marcas, mas a esponja sintética. Por isso, através de um entendimento de que a esponja acumula bactérias e demora mais de 100 anos para desaparecer, ao contrário do BomBril que a gente usa e joga fora, desenvolvemos campanha para mostrar a conscientização ecológica da marca. Outra estratégia que temos é a inovação. A empresa precisa não só fazer produtos que já existem no mercado, mas estar em novos segmentos.

Qual é a estratégia da Bombril em relação à sustentabilidade?
Lançamos este ano o projeto BomBril Eco com uma campanha criada pela WMcCann contra as esponjas que não são ecológicas, sob o mote de que a lã de aço BomBril é benéfica para o meio ambiente já que vira pó e desaparece. Não é o mesmo que acontece com as esponjas. Ao mesmo tempo lançamos a linha ecológica Ecobril – que chegou aos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro neste mês – com 24 itens que abrangem as principais categorias de higiene e limpeza. Para este ano vamos apresentar ao mercado 11 novas categorias e mais de 150 produtos. Até agora, já lançamos mais de 50 itens.

Qual o investimento destinado para a linha Ecobril?
Investimos R$ 7 milhões nesse produto. A campanha será lançada em agosto, mas vamos focar apenas mídia impressa e mídia exterior. Mais para frente, dependendo da receptividade dos consumidores, deveremos ter filme para TV fechada.

As vendas de lã de aço estão caindo?
Não. As vendas da lã de aço cresceram 20% em 2009. O grande crescimento que tivemos foi justamente por causa dessa categoria. A nossa estratégia é consolidar e potencializar esse segmento para que esse crescimento se mantenha.

Em quais novos segmentos a Bombril pretende atuar?
No segmento de produtos automotivos, por exemplo na categoria de ceras para veículos, e também produtos pet. Esses são alguns dos segmentos em que vamos entrar, já que os consumidores nos pedem. Fazemos muitas pesquisas. Estamos procurando alternativas fora da categoria de higiene e limpeza. É um planejamento a longo prazo.

Qual a participação das principais marcas de Bombril no faturamento da empresa?
Em primeiro está a lã de aço BomBril, com 40%. Depois Limpol que representa 20%; Mon Bijou, com 11%; Pinho Bril, que representa 6%, e Sapólio Radium, com 4%. Em 2009, a empresa faturou R$ 1,1 bilhão. Pretendemos crescer 15% neste ano.

Qual o market share da Bombril?
Na categoria de lã de aço temos 75% do mercado. No segmento de higiene e limpeza (que movimenta R$ 12 bilhões por ano) somos responsáveis por 12% do volume.

Qual o investimento em marketing da Bombril para 2010?
É de R$ 60 milhões. Desse montante 60% é destinado para mídia, 25% para ações de PDV e 15% para ações de brand experience.

A Bombril comprou a Milana, fabricante do Lysoform no fim de 2008. Há alguma negociação para a aquisição de uma nova marca?
Sempre. Há a meta de entrar em novos segmentos. Esse posicionamento justifica a compra de marcas de outras empresas. Estamos participando de negociações. Teremos novidades ainda neste ano.

Qual a importância do público feminino para a Bombril?
Por meio de estudos vimos que a mulher tem uma proximidade grande com a empresa. Desta forma, achamos uma grande oportunidade posicionar a marca como a que ajuda no reconhecimento da mulher. Lançamos, portanto, o projeto “Mulheres que brilham” e focamos na música. Vamos lançar, até o final do ano, dez novos talentos femininos da MPB. Vamos dar continuidade à iniciativa e, a cada ano, propor um tema diferenciado. Já estamos desenvolvendo, inclusive, alguns projetos sociais relacionados à mulher e outro em que vamos contemplar as domésticas do Brasil.

Por Juliana Welling

MARCAS.

FONTE DE INFORMAÇÕES.: SITE O MUNDO DO MARKETING.
Marcas ainda não entendem que consumidores são diferentes.
Entenda porque a classificação sócio-demográfica já não é mais suficiente para conquistar clientes.
Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 15/04/2010
sylvia@mundodomarketing.com.br
Que o consumidor está mudado, já não é nenhuma novidade. Mas você, profissional de Marketing, já parou para pensar que uma mesma pessoa pode ter – e provavelmente tem – comportamentos de compra variados? Um cliente pode ser descontraído na hora da escolha da roupa, mas tradicional ao comprar alimentos. A complexidade aparece na hora de classificar estes consumidores de acordo com suas atitudes.
Uma mulher, por exemplo, pode desejar um chocolate no domingo, mas passar longe de uma caixa de bombom na segunda, quando começou a dieta. Mudanças como essas fazem com que divisões que contemplam apenas idade, sexo e classe social não sejam mais suficientes para segmentar os consumidores. “O estilo de vida é um valor universal, que atravessa segmentos. Vemos pessoas de 60 anos com atitude de 20 e vice-versa. Mulheres incorporam práticas masculinas, enquanto homens cozinham e cuidam da casa”, conta Beth Furtado, sócia-diretora da ALIA e autora do livro “Desejos Contemporâneos”, em entrevista ao Mundo do Marketing.
O conceito de segmentação a partir do comportamento de consumo vai além do desenvolvimento de produtos e altera até mesmo a arquitetura dos pontos-de-venda. Casos como o do Best Buy, um dos principais varejistas norte-americanos, são exemplos. A empresa dividiu suas lojas em quatro estilos de vida para atender às necessidades de seus consumidores. Isso só foi possível graças a um grande database. “Eles começaram a entender que a loja possuía uma predominância de estilos de vida e estados de espírito e, a partir disso, segmentaram os pontos-de-venda de acordo com esses perfis”, diz Beth, também blogueira do Mundo do Marketing.
Pão de Açúcar reestruturou ponto-de-venda para atender necessidades.
No Brasil, o Pão de Açúcar aparece como uma das marcas que se preocupam em atender às demandas geradas por diferentes perfis de consumo. Há cerca de seis anos, o grupo segmentou suas lojas a partir do entendimento de atitudes, características demográficas e comportamentos de compra. Pesquisas viabilizaram a mudança na estrutura dos espaços, que contemplou o mix de produtos, os serviços agregados e até mesmo a arquitetura para satisfazer os consumidores.
O conceito, entretanto, ainda é pouco explorado por aqui. “Essas ferramentas são muito úteis, mas pouco conhecidas. Além disso, o processo é caro e mais complexo do que a segmentação demográfica. Não vejo uma tendência para isso. Profissionais de Marketing entendem muito de estratégia e pouco de pessoas”, acredita Mário Ernesto René Schweriner, Coordenador do Núcleo de Ciências do Consumo Aplicadas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A consultoria de Marketing Copernicus, no entanto, acredita na viabilidade do conhecimento profundo a respeito das atitudes dos consumidores. Um case bastante conhecido que contou com a consultoria da empresa no Brasil é o de “Skol Desce Redondo”, projeto realizado a partir de um estudo de segmentação. A consultoria atende desde pequenas empresas como o Colégio Bandeirantes, até marcas como Shell, Oi e Coca-Cola.
Coca-Cola identificou oportunidade com Laranja Caseira.
A própria Coca-Cola lançou o suco Laranja Caseira depois de identificar um segmento com o auxílio de um estudo feito pela Copernicus. O desenvolvimento do produto só foi possível porque a empresa percebeu que o consumidor precisava de uma bebida que tivesse um apelo emocional. O lançamento do produto foi baseado no conceito “primeiro suco com gominho e com carinho”. Como resultado, a Coca-Cola ampliou o público consumidor de sucos de caixinha e, conseqüentemente, o seu faturamento.
“Para segmentar, a melhor referência é o retorno sobre o investimento. O Marketing tem como objetivo atender as necessidades dos consumidores com serviços e produtos lucrativos. A melhor forma para falar de lucratividade é o ROI (Retorno sobre Investimento) e esse deve ser o critério de segmentação”, explica Alberto Cerqueira Lima, presidente da Copernicus, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Neste caso, o retorno sobre o investimento é obtido ao identificar grupos de pessoas que se assemelham em determinado tipo de categoria e ocasião de consumo, mas são diferentes em todos os outros aspectos. “Cada vez mais as empresas deixam de fazer produtos para a massa e caminham no sentido do Marketing one to one (1 PARA 1). É necessário entender que dentro de um conjunto de grandes consumidores, existem subconjuntos que têm atitudes e comportamentos diferentes”, aponta Mario Mattos, Diretor Executivo de Pesquisa As Hoc da GFK, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Adidas é caso de sucesso internacional.
O segredo do sucesso é desenvolver produtos e serviços focados nas necessidades de cada um desses subconjuntos. Foi exatamente isso que a Adidas fez nos Estados Unidos. A marca esportiva percebeu uma oportunidade no segmento de sabonetes líquidos. Pesquisas identificaram que os produtos concorrentes exploravam apenas o perfume e a hidratação. De olho na necessidade do consumidor em estar em movimento, a Adidas apostou nos valores de portabilidade e exclusividade no uso e lançou um sabonete líquido para esporte, clubes e academias.
Para os especialistas, este é um caminho sem volta. “As empresas perceberam que a diferença entre as marcas está muito mais no emocional. Há alguns anos, Omo era praticamente a única opção no mercado. Hoje, existem marcas boas e conceituadas, mas a consumidora escolhe Omo porque tem uma relação com a marca difícil de romper”, relata Elizabeth Salmeirão, Diretora de Negócios de Retail & Shopper Insights da TNS Research International, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Entre os desafios neste processo destaca-se a maneira como aplicar estes estudos na prática. “Ferramentas para identificar estes subgrupos existem”, diz Beth Furtado. “O que vemos pouco é a implementação disso na realidade. A maioria das empresas continua achando que vende para a classe C e não observa que existem grupos com hábitos completamente diferentes”, comenta.
Desafios para aplicar o conhecimento.
O primeiro passo é identificar estes perfis. O avanço tecnológico tem sido um facilitador neste sentido. “Recursos da matemática e de estatística reúnem centenas de variações e combinações de variáveis para fazer a análise do valor que o consumidor representa para o segmento”, aponta Cerqueira, da Copernicus.
Após identificar os subgrupos, a questão é o que fazer com estes dados. As informações podem ser preciosas na construção de um conceito voltado para o estado de espírito do comprador, o desenvolvimento de um produto ou a formulação de uma loja. Em seguida, vem o próximo obstáculo para o profissional de Marketing: como informar o consumidor sobre o seu lançamento.
“Hoje, existem muitos meios e todos acabam mais segmentados. Não é mais possível falar com todos ao mesmo tempo porque o mundo literalmente evoluiu”, relata Elizabeth, da TNS Ri. A Internet acaba sendo uma grande aliada das marcas, mas não é suficiente. “A web tem limitações também, porque tem mais penetração em menos segmentos. Cabe ao profissional descobrir como encontrar essas pessoas”, explica Beth.
Internet dá voz para os advogados da marca.
Ainda assim, o meio digital é um dos grandes propagadores de produtos e serviços. Os chamados “advogados da marca”, por exemplo, encontraram no mundo virtual uma forma de ampliar o boca a boca que já geravam em seu cotidiano. São consumidores que representam de 5% a 10% da população mundial, mas merecem tratamento especial, pois promovem as marcas das quais são verdadeiros fãs.
É na Internet que essas pessoas ganham voz, a partir de comunidades em redes sociais, blogs e fóruns. “Com a web, as pessoas deixam pegadas digitais e você pode usá-las, pode ir atrás delas”, diz Cerqueira. É o que se vê, por exemplo, no fenômeno atual dos blogs especializados em beleza. Diariamente, as blogueiras publicam resenhas a respeito de produtos que acabam influenciando a decisão de compra de milhares de consumidoras. Em troca, as marcas começam a interagir, oferecem produtos para teste, brindes para serem sorteados entre as leitoras e organizam encontros, como é o caso de Dermage e Granado.
Encontrar estes nichos na blogosfera e na Internet só é possível a partir de um conhecimento a respeito dos diferentes perfis de consumo que as pessoas podem adotar. Mas o estudo demográfico não deve ser deixado de lado. “Baseado unicamente no apelo emocional, não é possível materializar e aplicar o estudo para que se possa realizar uma ação. O atitudinal é um complemento para achar as diferenciações dos consumidores, mas existe a base demográfica. É preciso saber sexo, escolaridade e classe social”, complementa Elizabeth, da TNS.
A idade, por exemplo, é elemento fundamental para um grupo de consumidores que começa a despertar a atenção do mercado: a terceira idade. Contudo, ela não é o único fator relevante. “Parte dos consumidores da terceira idade encara a fase como o fim da vida, enquanto outra parcela entende como o início de uma nova etapa”, declara Mattos, da GFK. Saber quem é quem é o desafio daqui para frente.

quinta-feira, 22 de julho de 2010



ANÁLISE SWOT.
FONTE DE INFORMAÇÕES: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações.

Diagrama SWOT
O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, segundo HINDLE & LAWRENCE (1994) a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews e Roland Christensen. Por outro lado, TARAPANOFF (2001:2009) indica que a idéia da análise SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe um conselho de Sun Tzu: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças ” (SUN TZU, 500 a.C.) Apesar de bastante divulgada e citada por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema.
O caminho mais indicado para entender o conceito da análise SWOT é buscar diretamente sua fonte: The concept of corporate strategy, do próprio Kenneth Andrews. Porém, uma leitura superficial dessa fonte frustra os mais afoitos por definições precisas e modelos práticos, pois o autor não faz nenhuma referência direta à análise SWOT em todo seu livro.
Aplicação prática
Esta análise de cenário se divide em ambiente interno (Forças e Fraquezas) e ambiente externo (Oportunidades e Ameaças).
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos. A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita.
A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização.
Referências.:
• TARAPANOFF, K. (org). Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília: Editora UNB, 2001.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT"
Categoria: Administração de empresas.

sábado, 17 de julho de 2010

Benchmarking

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
BENCHMARKING é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark.
Apesar do seu neologismo, "Benchmarketing" é mais do que uma simples combinação de palavras - exprime uma filosofia. Este processo não se limita na simples identificação das melhores práticas, mas, principalmente, na sua divulgação através das diversas técnicas do Marketing. "Benchmarking é simplesmente o método sistemático de procurar os melhores processos, as idéias inovadoras e os procedimentos de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior" (Christopher E. Bogan).

* O QUE É BENCHMARK?
Benchmark é aprender com os outros e melhorar o nosso.
Conceituando, benchmark é uma metodologia de nivelamento de performance já muito usada em diversos segmentos de organizações reais que consiste em estudo de melhores resultados dentro do nicho de mercado, permitindo assim um reconhecimento dos pontos fortes, padrões, comportamento e processos.

Alguns conceitos de benchmarking para web:
Conceito
Benchmark aplicado à web é a pesquisa dos melhores padrões utilizados nos diferentes websites com ênfase naqueles que apresentam características de Ai e UX eficientes e comprovadas.
No benchmark a pesquisa, avaliação e comparação não representam um fim, mas um meio para apoiar um processo de melhoria.
É uma forma de aprendizagem, pois procura as melhores práticas para determinados segmentos de web, seguido de uma cuidadosa análise para encontrar o melhor meio de implementar aquele “padrão” encontrado dentro do seu projeto. Sem esquecer um aspecto extremamente importante neste processo: a ética.
Processos
• Planejamento. Desenho e concepção visando a solução dos fatores críticos para o sucesso do site;
• Pesquisa. Identificar as melhores práticas e adquirir dados;
• Análise. Comparar o desempenho e identificar áreas de melhoria;
• Adaptação. Implementar as melhores práticas encontradas e fazer testes para confirmar se estes padrões atendem aquilo que o site se propôs diante de seu público alvo.
Benefícios
• Introdução de novos conceitos de avaliação e novos padrões;
• Melhora o conhecimento sobre seu cliente e sobre o projeto;
• Identificação clara das áreas que precisam de melhorias (áreas críticas);
• Estabelecimento de objetivos viáveis e realistas (sem viagens mirabolantes em busca do projeto perfeito);
• Melhorar o conhecimento da própria organização;
• Melhora o conhecimento dos concorrentes de mercado dentro da web;
• Aprendizado focado no que há de melhor no mercado.
Enfim, benchmark é uma metodologia bem orientada e séria que só tem a acrescentar em qualquer projeto de sites institucionais, portais ou mesmo sistemas. Utilize, comprove e depois me conte.

O que é BV?

O que é BV?
Categoria: Publicidade e Propaganda.
Modelo genuinamente brasileiro, a bonificação por volume (BV) surgiu no início dos anos 60 com o objetivo de ser uma política de incentivo ao aperfeiçoamento das agências de propaganda, seja no que se refere ao desenvolvimento de profissionais, seja pela aquisição de ferramentas que contribuíssem para melhorar a qualidade do trabalho. Criado pela Rede Globo de Televisão – e logo adotado pela Editora Abril – , com o passar dos anos o modelo se espalhou por outras empresas e setores da mídia.
O BV é o pagamento de um bônus às agências, proporcional ao investimento total feito pelos seus clientes em um determinado veículo. Em outras palavras, quanto mais publicidade destinada a um veículo, maior é o BV recebido. Como exemplo, tomemos uma agência que possua cinco anunciantes que somam uma verba de mídia de R$ 50 milhões em um ano, e que direcione pouco mais de 50% desse total (R$ 25 milhões) ao veículo X. Este, por sua vez, adota uma tabela para o pagamento de BV progressivo, segundo a qual investimentos de até R$ 20 milhões dão direito a um bônus de 5%; de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões, um bônus de 7,5%; para investimentos acima de R$ 25 milhões, o incentivo é de 10%. Assim, no início do ano seguinte, a agência receberá do veículo X R$ 2,5 milhões como bonificação. Em alguns setores, como o de Internet, a tabela de bonificação é calculada com base em percentuais de crescimento das contas da agência no veículo, em relação ao ano anterior, e não em volumes absolutos de investimento.
A remuneração das agências de publicidade.
Várias das questões atualmente relevantes no setor publicitário estão relacionadas com a questão da remuneração das agências. A forma remunerativa básica é uma comissão incidente sobre o valor despendido com a veiculação propaganda em veículos de comunicação de massa, denominada desconto-padrão. Além dessa comissão, que é fixada em 20% remunera as atividades típicas da agência, existe também a possibilidade de cobrar taxas específicas para serviços especiais, bem como uma comissão sobre serviços prestados por terceiros que não geram desconto-padrão. Por fim, as agências também recebem dos veículos algumas bonificações decorrentes da quantidade e da qualidade dos anúncios, por meio dos chamados Bônus sobre Volume (BV).
A combinação desses elementos forma um modelo que vige no país desde a década de 1950, e que hoje está sob severo questionamento, especialmente no âmbito da administração pública. Alguns advogam que esse sistema é inconveniente, mas há inclusive os que defendem a ilicitude tanto do desconto-padrão quanto do BV, sendo que a invalidação desses institutos acarretaria mudanças radicais no mercado de publicidade. Portanto, a devida compreensão dos debates atuais pressupõe o entendimento das características dessas espécies de remuneração.
O bônus sobre volume – BV
Bônus sobre Volume (BV), que é um benefício concedido semestral ou anualmente por certos veículos às agências, pelo volume global de veiculação de anúncios, o que soma os gastos com campanhas de todos os clientes da agência. Porém, é difícil avaliar a real dimensão do BV para as agências, pois, como identificaram os técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) ao avaliar a questão, “a regra de mercado é manter a confidencialidade, não sendo revelados detalhes dos planos de incentivo firmados entre veículo e agência, tais como a periodicidade, variações regionais, metas estipuladas e forma de pagamento (pecúnia ou em mídia)”.
Essa espécie de plano de fidelização somente gera benefícios para as agências que veiculam grandes volumes em um mesmo veículo, o que termina gerando uma pressão para a sua utilização, mesmo em campanhas nas quais ele talvez não fosse tecnicamente o mais adequado. Assim, o BV gera uma potencial tensão entre os interesses de anunciantes e agências, que conduziram as Normas-Padrão de 1957 a considerar condenável “receber dos veículos bonificações, concedidas ao fim de cada ano, em função do volume total da propaganda autorizada por conta e ordem dos seus Clientes”.
Porém, essa prática consolidou-se no mercado, chegando a ser expressamente admitida pelas NPAP de 1998 e pelo projeto de lei apoiado pelo CENP que atualmente tramita no Congresso Nacional (PL n. 3.305/08). Não obstante, o direito ao BV nos contratos públicos está sendo questionado pelo TCU, que tende a se manifestar pela sua ilegalidade, na medida em que o seu corpo técnico indicou que essa forma remunerativa “tem o potencial de afetar a escolha das agências, consistindo em mecanismo que as estimula a concentrarem a publicidade em menor número de veículos”.
Além disso, a investigação do TCU identificou que a nomenclatura BV também é utilizada por veículos menores e por produtores, mas que nesse caso não se trata de um plano de incentivo vinculado ao volume, pois o benefício “é pago caso a caso, diretamente vinculado ao negócio que o produtor ou veículo pretende fechar com o cliente”. Nessa situação, o chamado BV representa apenas um desconto ligado diretamente a uma campanha determinada, de tal modo que o seu não repasse ao anunciante seria irregular, mesmo nos termos da argumentação do CENP.
Publicidade: da criatividade ao negócio financeiro
A ABP, criada com o propósito de representar os interesses das agências de publicidade associadas junto à indústria da comunicação, foi responsável pela elaboração do Código de Ética dos Profissionais de Propaganda, que teve um primeiro projeto elaborado em 1939, mas veio a ser realmente aprovado no primeiro congresso da classe, realizado no Rio de Janeiro, em outubro de 1957.
O Código de Ética
Como todo documento que se autodenomina um código de ética, o texto que foi aprovado no congresso é na verdade um código de conduta que obrigaria a um comportamento ético tanto as agências de publicidade quanto os anunciantes e os veículos de comunicação. Ficaram de fora, talvez por não serem considerados publicitários, talvez por esquecimento, os fornecedores da indústria da propaganda – gráficas, técnicos e todos os outros profissionais que contribuem para a produção final dos anúncios comerciais.
Alguns parágrafos são muito importantes para que se identifique o espírito do Código e também porque são estes os mais invocados ao longo do tempo da sua vigência. Ei-los:
O profissional da propaganda (…) jamais induzirá o povo ao erro; jamais lançará mão da inverdade; jamais disseminará a desonestidade e o vício. (Parágrafo III da Introdução)
Comissão é a retribuição, pelos veículos, do trabalho profissional, devida exclusivamente às agências e aos corretores de propaganda. A comissão se destina à manutenção das agências e dos corretores de propaganda e não poderá ser transferida aos anunciantes. (Artigo 8 das Definições)
Os veículos de propaganda reconhecem a necessidade de manter os corretores e as agências como fonte de negócios e progresso dos seus empreendimentos e, por isso, a eles reservam o pagamento da comissão com exclusão de quaisquer outros indivíduos ou entidades. (Artigo 9 das Normas)
É proscrita por desleal a prestação de serviços profissionais gratuitos ou por preços inferiores aos da concorrência, a qualquer título, excetuados, naturalmente, os casos em que o beneficiário seja entidade incapaz de remunerá-los e cujos fins sejam de inegável proveito social coletivo. (Artigo 13 das Normas)
O primeiro desses conceitos obriga o anúncio a ser verdadeiro e foi esta a preocupação que inspirou a criação do CONAR-Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária, criado em 1978 pelo III Congresso Nacional de Propaganda, o último realizado, desde então. Na verdade, o CONAR surgiu para substituir a censura prévia imposta aos anúncios pela ditadura militar. A classe sugeriu auto-regulamentar-se e assim foi pactuado com o governo.
Os outros artigos citados, todos eles tratam do que seria uma justa remuneração para o trabalho das agências, representada pela comissão paga pelos veículos aos corretores de publicidade e às próprias agências, no valor de vinte por cento, equivalente ao desconto sobre os preços brutos das suas tabelas de preço.

No decorrer do tempo desde o primeiro congresso, em 1957, a chegada dos clientes multinacionais, com a internacionalização da nossa economia e a aguda concorrência entre as agências de publicidade, muitas vezes predatória, aqueles artigos foram se tornando palavras mortas e o Código de Ética, adotado pela Lei 4.680, de 18 de junho de 1965, deixou de ser considerado, aos poucos, por todas as partes nele representadas.
As empresas multinacionais estranhavam essa remuneração pré-fixada, pois em seus países haviam conquistado a livre negociação, depois da derrubada de uma comissão de 15 por cento que havia se tornado obsoleta no seu ambiente de negócios. As agências brasileiras, pressionadas, passaram a disputar esses clientes em desobediência aos princípios de conduta estabelecidos pelo Código de Ética, submetendo-se a uma lei maior imposta pelo mercado.
Um esforço das agências de publicidade para estruturar organizadamente a atividade dentro do padrão histórico foi consolidado no CENP – Conselho Executivo das Normas Padrão, criado em 1998, com o objetivo de: “fazer cumprir as Normas-Padrão da Atividade Publicitária, documento básico que define as condutas e regras das melhores práticas éticas e comerciais entre os principais agentes da publicidade brasileira”.
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento da tecnologia e a segmentação do mercado, que acompanhava a nova realidade social e econômica do país, determinaram a pulverização do negócio das agências, substituiu a palavra propaganda pelo conceito mais abrangente de comunicação de marketing e determinou as mudanças que transformaram o mercado brasileiro, onde as agências outrora haviam sido soberanas, num ambiente de prosperidade protegido pela Lei.
Quem paga acha muito; quem recebe justifica.
Para reduzir custos, anunciantes forçam mudança na remuneração publicitária. Agências reclamam, mas se adaptam.
Modelo de remuneração de agências: bom para quem?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE MARKETING

FONTE DE INFORMAÇÕES.: SITE – O MUNDO DO MARKETING.
Regulamentação da profissão de Marketing recebe primeira aprovação.
PL 1944/07 foi aprovado pela Comissão de Trabalho, mas ainda tem longo caminho a percorrer até a sanção presidencial.


Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 12/07/2010
sylvia@mundodomarketing.com.br

Após quase cinco anos, o Projeto de Lei que regulamenta o exercício da profissão de Marketing recebeu a primeira aprovação na Câmara dos Deputados. O PL 1944/07, de autoria do Deputado Federal Felipe Bornier (PHS-RJ), vinha tentando ser apreciado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público desde 2008.
O texto, no entanto, deve ainda passar pela Comissão de Finanças e Tributação e pela Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania, seguir para discussão no Senado e, finalmente, ser sancionado pelo Presidente da República. A história do Projeto de Lei tem sido motivo de divergências nos últimos anos.
Apresentado originalmente em 2005 pelo então Deputado Eduardo Paes, e atual prefeito do Rio de Janeiro, o PL foi publicado no Diário da Câmara dos Deputados no final daquele ano legislativo e ficou parado até o fim de 2006. Desde sua criação, o texto contou com a oposição de alguns parlamentares e gerou polêmica no mercado por igualar o profissional de Marketing ao publicitário.
Projeto foi arquivado por um ano
Ainda em 2006, o Projeto foi arquivado porque Paes não se candidatou à reeleição e não houve pedido para a reabertura do PL. No ano seguinte, o mesmo texto foi encaminhado à Câmara, novamente, pelo Deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) e recebeu novo processo: 1226/07.
Em agosto daquele ano, o Projeto de Lei 6235/05 foi desarquivado pelo Deputado Wellington Roberto (PR-PB), deixando assim, dois textos iguais a serem aprovados pela Câmara. Somente um ano depois, em setembro de 2007, o Deputado Felipe Bornier (PHS-RJ) apresentou o novo texto 1944/07, que se juntou ao 1226/07. Em outubro do mesmo ano, o antigo 1226/07 foi rejeitado e o novo PL (1944/07) recebeu aprovação para tramitar na Câmara.
O ano de 2008 marcou inúmeras tentativas de votação do PL 1944/07 para ser aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara. Um dos fatores que atrasaram o andamento do processo foi a mudança do verbete Nº 2 da Súmula de Jurisprudência da Comissão, que julga a regulamentação de profissões.
PL gerou polêmica entre profissionais
Todos os textos apresentados até então falavam sobre a impossibilidade de outros profissionais exercerem a carreira sem serem diplomados em Marketing. A iniciativa obrigou que o projeto não propusesse uma reserva de mercado para um segmento em detrimento de outras profissões com formação idêntica ou equivalente. Esta medida visava garantir o exercício profissional, com os deveres e as responsabilidades estabelecidos.
Outra mudança realizada no Projeto foi a retirada da criação do Conselho Federal e do Conselho Regional de Marketing, sob a alegação de que a iniciativa para a abertura desses órgãos caberia ao Poder Executivo e não aos parlamentares. Desde que nasceu, o projeto tem provocado discussões acaloradas.
Em sua concepção, o PL apresentava um ponto divergente logo no primeiro artigo, ao dar margem para confusão entre profissional de Marketing e publicitário, caracterizando o executivo como responsável por desempenhar “atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à criar e redigir textos publicitários, roteirizar spots e comerciais de TV, dirigir peças para rádio e TV, planejar investimentos e inserções de campanhas publicitárias na mídia, atender clientes anunciantes, produzir arte gráfica em publicidade e propaganda, gerenciar contas de clientes e administrar agências de publicidade”.
Outro ponto polêmico do primeiro PL apresentado por Paes, em 2005, referia-se ao fato de que, aprovada a Lei, qualquer outro profissional não formado em Marketing estaria impedido de atuar na área, a menos que comprovasse experiência mínima de cinco anos ininterruptos. Passados quase cinco anos desde o primeiro Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Marketing, resta saber por mais quantos outros anos o PL tramitará em Brasília.

sábado, 10 de julho de 2010

CASE PALMEIRAS



FONTE DE INFORMAÇÕES.: JORNAL PROPAGANDA E MARKETING (Jornal PropMark).
Anunciantes.
08.07.2010 | 18:22 hs.
Parmalat viabiliza retorno de Luiz Felipe Scolari ao Palmeiras.
Patrocínio da marca ao técnico garante volta ao clube paulista.
A Parmalat anuncia o patrocínio ao técnico Luiz Felipe Scolari, que retorna ao Palmeiras após temporadas na Europa e no Uzbequistão. Foi, aliás, graças à parceria da empresa com o clube brasileiro que o profissional pôde voltar ao posto de treinador do time.
Scolari utilizará, durante as partidas, a logomarca da Parmalat em seu uniforme, juntamente com a da Unimed, sua outra patrocinadora. Para selar a parceria entre Parmalat e Palmeiras, a marca também estará no uniforme do clube na partida festiva desta sexta-feira (9), contra o Boca Juniors, que marca o fechamento do Palestra Itália para reformas que o transformarão em uma arena multiuso.
A Parmalat figurou no espaço mais nobre da camisa palmeirense entre 1992 e 2000, participando assim de dois títulos do Campeonato Brasileiro e de uma Taça Libertadores.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CHANEL, GIORGIO ARMANI E PRADA

FONTE DE INFORMAÇÕES.: JORNAL PROPAGANDA E MARKETING (Jornal PropMark).
Mercado.
30.06.2010 | 09:21 hs.
Pesquisa desvenda o que é luxo para paulistanos.
APPM apresenta estudo realizado com a classe média alta da cidade; marcas mais lembradas foram Chanel, Giorgio Armani e Prada.
A APPM - Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado realizou, no mês de abril de 2010, uma pesquisa com os paulistanos da classe média alta para saber o que o luxo representa para os entrevistados. O estudo considerou dois grupos qualitativos com homens e mulheres de 20 a 28 anos e de 30 a 50 anos de idade e 100 entrevistas quantitativas na Cidade de São Paulo, com pessoas com renda acima de dez salários mínimos.
Pelos resultados, o luxo pode ser analisado sob duas vertentes. Uma delas, mais explícita, mostra que o luxo está diretamente relacionado a gastos, custos altos e altos valores para comprar produtos e serviços. Outra vertente, mais subjetiva e filosófica, aposta em atitudes e escolhas, em estilo de vida.
Em ambos os casos, luxo é ter liberdade de fazer o que quiser e ter acesso ao que se almeja. “Pessoalmente, cada participante se referiu a um aspecto que considera seu luxo, variando desde usar um cosmético importado de determinada marca ou gastar com massagens até assistir um show no exterior, ir a um restaurante caro, fazer uma viagem para um lugar exótico ou ter condições de estudar com o apoio dos pais”, afirma Rodrigo de Souza Queiroz, diretor de comunicação e marketing da APPM.
Carros importados das marcas Ferrari, BMW, Porsche e Mercedes foram consideradas objetos de desejo. Destaque para Mercedes-Benz, que representou 24%, seguida pela Ferrari, com 19%.
Para as mulheres, perfumes e maquiagens são objetos cobiçados; muitas apontaram os gastos com produtos importados como seu luxo. São cremes Lancôme, maquiagens Mac e Chanel e perfumes Chanel (19%), Giorgio Armani (6%) e Dolce & Gabbana (5%) os mais desejados.
Representantes do luxo, as marcas Louis Vuiton, Prada, Calvin Klein, Armani, Diesel, Dior e Lacoste foram as mais citadas pelos adultos. Já os jovens também citaram Zoomp, Cavaleira, Zara e algumas marcas alternativas da Rua Benedito Calixto, em São Paulo (SP). De maneira geral, entre as marcas mais lembradas pelos entrevistados estão Chanel, com 16%, Giorgio Armani, com 10%, e Prada, com 7%.
Sapatos e tênis foram citados como desejos constantes; especificamente para as mulheres, a quantidade de sapatos e bolsas vale mais do que exibir determinada marca. As etiquetas de sapatos mais luxuosas foram Prada e Gucci, com 5% cada. Já os tênis Nike, com 44%, são considerados os de marca mais luxuosa. Por outro lado, as jóias não despertam o interesse das mulheres, apesar de serem reconhecidas como itens de luxo.
Em relação às compras de roupas de grife, a frase que mais se encaixa no pensamento dos paulistanos é “Não deixo de fazer compras no Brasil, mas aproveito para comprar em maior quantidade quando viajo para o exterior”, pelo menos para 63% dos entrevistados.
As viagens se destacam no Mundo do Luxo. Escolher lugares menos convencionais, fazer passeios diferentes e ter tempo e dinheiro para gastar fora do País são prioridades para os entrevistados. Lugares como Ilhas Fidji, Taiti, Indonésia, Dubai, Riviera Francesa, Ilhas Gregas e Escandinávia são cobiçados. Para todos, o mais importante é a possibilidade de fazer uma viagem interessante e viver novas experiências. Para os mais jovens, viajar no estilo “mochilão” foi considerado tão luxuoso quanto viajar de maneira mais convencional, pois significa uma escolha pela aventura.
Nos últimos 12 meses, 68% dos entrevistados viajaram para o exterior. Os destinos mais escolhidos pelos entrevistados foram Estados Unidos e Buenos Aires, com 13% cada.
A boa gastronomia foi considerada tão simbólica quanto uma viagem. É luxo poder freqüentar bons restaurantes como Dom, Jun, Antiquárius, Fasano, Sky, Fogo de Chão, Figueira Rubayat, Gero, Alfama e os da Rua Amauri.
Questionados sobre a Cidade de São Paulo, os entrevistados a compararam a Nova York: um lugar onde se encontra tudo, em qualquer horário. Para os dois grupos, São Paulo é uma cidade onde o luxo está atrelado ao poder financeiro, tanto quanto às oportunidades existentes quanto às possibilidades advindas da sua diversidade.
Para a pergunta “Na sua opinião, o que São Paulo possui de bom e que é comparável às cidades mais chiques do mundo em primeiro, segundo e terceiro lugar?”, 69% responderam que são os restaurantes/gastronomia e 21% o comércio.